segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma Mulher Chamada Tristeza

Caí de um sonho, no vazio escuro.
Tentei ler o silêncio e vi quinze pra as três.
Apaguei os olhos no breu das pálpebras
e ainda peguei o último trem...
Nenhum sonho é mais que paisagem pra mim.

Desço na estação das seis. Conto até mil...
e me jogo. Caminho penoso. Quase sempre sombrio.
Passo pelas praças, pelas garagens, nada me acolhe.
Passo pelas calçadas, pelas pessoas, tomo um café.
Passo pelos processos, pelas horas, pelas penas do labor.

Volto lá pelas tantas com tanta pressa nem sei porquê...
Sinto tanta saudade de te encontrar, e nem sei pra quê...
Entre um trago e outro levo lembranças, deixo-me esquecer.
Cochilo no lusco-fusco e acordo num susto
babando as almofadas... e, às gargalhadas, a TV.

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