Manhãs enevoadas
a proletária massa sonambulante
em sua marcha indolente
e eu não menos letárgica
em impecável brancura
e obsessão penitente
examino as vias aéreas
e os submundos congestos
entre os humores indigestos
e o pergaminho mais apurado
da literatura.
Sou como maio...
em sua fria secura
... em sua branda loucura
entre a cura e o suplício
de um olhar lacrimoso.
Nesses dias tristes
muita lágrima
é só alérgica...
e muita lógica
não é mais que mágica...
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