As velas de aroma de canela não ardem, mas o meu coração: chama ardente de paixão.
As aquarelas que pendem entre as janelas não fazem jus, não trazem luz às paredes
amarelas... e eu entre elas... a divagar e a contemplar
os créditos que sobem velozes. Ainda ouço as vozes
dos amantes reticentes em dolorida despedida. Entrementes
Juram amores febris. Quem sabe em outro país?...
Mas eu, espectadora, nem me atrevo a imaginar,
no relevo do sofá, os enlevos dos que ousam...
Eu, que nem sei, ainda, amar... hei de viver a suspirar
entre a cama, a mesa e o sofá... entre o sonho, o real e o deixa pra lá...
Ora! quem há de supor que no anonimato haja, de fato, algum amor?
Pois disso eu bem sei, disso de dissimulações. Eu treinei!
No interdito fica o dito pelo não confrontado, mas dito ainda que calado
E o que não foi permitido, sempre a fazer mais sentido.
É onde tenho vivido: no negativo e na negação... na sombra e na solidão.
Não vivo ao vivo, a emoção. Vejo a reprise na televisão.
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