quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A Vela E A Velha

Oh, como é bela
a luz da vela
com sua aura amarela
a rodear o pavio
em seu balé de cisne
sobre o lago de cera,
hora delgada
como um fio
hora lânguida
em seu feitio...
ao fim, parece mergulhar
e o lago a tranbordar
será o seu sólido
sepulcro sórdido...
Então: a alma em fumaça
solene a evolar.
No escuro,
meu espectro a gargalhar...
Eu e o meu próprio fantasma
que o espelho
não pode mostrar...
Antes os fantasmas
do que as rugas
e os cloasmas...

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