Eu voltava sempre ao lugar escuro e profundo de onde era um parto sair. Até que vi, dentro da gruta caiada, o favo de mel como um leito, onde repousava a luz primordial.
É sempre o filho a nos guiar pelos ermos e íngremes caminhos. É lá na mina úmida que ele parece sempre estar.
Ele gostava de estar ali encorujado. De quando em vez mandava alguém me chamar. Então éramos três ali a expctar. Sem palavra.
Mas eu precisava voltar à superfície das coisas, esticar os tecidos enrugados, vestir a toga, abrir as portas, cerrar os punhos, encontrar a palavra.
O primeiro trabalho é ser, o segundo é estar; o terceiro, sair; o quarto, quinto, sexto e sétimo: retornar. O oitavo é contemplar; o nono, entender; o décimo, buscar; o undécimo: revelar, e o último: recomeçar.
Desde que inventamos a roda, estamos sempre a girar neste ciclo... Mas será mesmo só roda, ou um fio de meada que, rolando pela escada, em espiral se alongou, desenhando o tempo?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário