Vejo-me de outros ângulos
Olho pra trás e jaz
o que eu nem era capaz
de ver nos albuns retângulos.
Mas de volver aos preâmbulos
agora pude ver mais.
Tudo era atroz e voraz
e a minha história, veraz
mesmo em momentos sonâmbulos.
Meus ais, meus ais já não ecoam mais
como outrora:
apenas de dentro pra fora.
Tudo aflora, mas não me devora.
Faz-se um fluxo que elabora,
reflete e devolve
enquanto se resolve...
enquanto a vida se me devolve
envolta em novos enxovais.
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Um comentário:
Cara,
"o que eu nem era capaz
de ver nos albuns retângulos"
ou
"enquanto a vida se me devolve
envolta em novos enxovais"
É aqui que eu encontro essa nova liberdade com as palavras, que você tem tido. Coisa de escritor maduro mesmo, bom pra caramba.
Legal uma poesia de renovação. Depois de um bom tempo sem escrever, natural que o tom fosse esse.
Boni†ão.
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