domingo, 24 de agosto de 2008

Melancolia

Pelo espelho de lágrimas tontas
vejo os amigos pretéritos
e seus méritos ainda ecoam em mim.

Essas janelas da alma
de vidraça embaçada
que me fazem ver assim

a vida subtraída
a alma traída, doída
atrás das cortinas...

sem as velhas rotinas,
sem fala, sem luz, sem aplauso
sem prazo pra voltar à cena.

Ser o lastro, ver o rastro...
e ter, por fim, o claustro
e o nó na garganta...

Cada dia que se levanta
nos alavanca pra mais distante
... pra mais distante...

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