Ele vai passando como pluma que flutua.
Ela, ressoando seu perpétuo reclamar...
Ele vai solene a trilha sob sol e lua
ao sabor dos ventos, multiforme, especular.
... Ela enlouquecida, fura os ares a gritar
ribombando elétrica a descarga acumulada.
Qual trovão, se expande com estrondo pelo ar
mas seu ronco é breve e logo bate em retirada.
Todo o tolo ímpeto que fez tanto tremor
se esvazia anônimo, incômodo e fugaz...
e enquanto ladram esses cães em seu furor
vão as nuvens plúmbeas em cortejos lupercais.
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Um comentário:
O viver centralizado
e a euforia já rotina
A nuvem seria mais tranquila
se vez em quando ribombasse
Mas as outras nuvens a condenariam
coitada,
taxariam-na "trovoada"
Uiii!
Só lhe resta chover.
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Há no trovão a beleza do raio, e na nuvem a promessa da chuva que traz a vida. Enquanto o trovão for trovão, deve ser trovão; digo, deve ressonar e brilhar em beleza, aos olhos das nuvens, que só observam e conversam sobre o jogo do corínthians.
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