Meu pai morreu
De esquistossomoses mansônicas
Minha mãe viveu
De enlevos e crenças canônicas
E eu? E eu?
Que odeio as bravatas histriônicas,
E as vis gargalhadas sardônicas!
O que aconteceu
Que desafinam as harmônicas?
E não me acodem as Verônicas?
Meu ser envileceu?
... Já não se acentuam as tônicas!
... Já não mais se lêem as crônicas!
E as minhas pupilas atônitas
Decifram o breu
Com raras expressões lacônicas,
Reverberações supersônicas
Com notas nostalgico-cômicas
Que ecoam do eu...
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Um comentário:
Suas poesias mais recentes tem um nivel surpreendente de auto-conciência. Isso era bem mais raro nas anteriores... nostalgicômicas... realmente.
Bacana. Bem bacana.
Como diria Ferreira Gullar, "resmungos poéticos"...
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