Partem do porto
Mornas exalações
De marés, de mares. Maresias.
De óleos e combustões.
Mornas tardes vadias
Nesses portões de cidade
Onde tudo parece flutuar.
Mormaços ondulam
Visões que pululam...
Pessoas voláteis
Parecem voar.
De lá se vê o mar.
Do mar se vê o lar
De gente fluida
Sempre a partir e a chegar.
O porto parece deslizar.
Cidade que se dilui
Nas águas do mar.
Que vive a balançar
Pessoas pra lá e pra cá.
No porto as portas
Não podem se fechar.
No peito, as pessoas
Querem se guardar
Mas parte do peito
É um porto e a outra
Parte é o mar.
Uma parte quer partir
A outra quer ficar.
Do porto exalam conversas banais
Detritos se ajuntam na beira do cais
Nas balaustradas e parapeitos
Bandeiras, pássaros, casais
Inflam seus peitos
Sonham seus leitos
Festejam e pranteiam
Seus eleitos imortais.
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