A cada hora
Sinto um gosto
Que me apavora.
Não há presente
Tudo é ilusão.
O que sinto agora
Logo se evapora.
A nau da vida
Empedernida.
Jamais ancora.
O porto, inerte
Não lhe dá suporte.
Vida que aporta
Não é vida, é morte.
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