domingo, 17 de agosto de 2014

Labirinto

Neste recinto
Me sinto
Como cobaia
Num labirinto...
Eu me ressinto
De ser
Um produto...
Um constucto
... Um adulto
Nessa selva industrial
De desejos infantis
E dramas tão fatais.
Eu resisto
Mas eu sinto
Que nunca mais
Seremos os mesmos
De outros carnavais.
Perdemos a inocência,
Mas ficamos tão banais!
Esperamos por uma grande paixão
Que nos salve do tédio...
E tudo o mais
E realize nossos sonhos
Ancestrais.
Como quem anda em círculos,
Porém não temos mais
Ideais...
Presente, futuro ou linguagem.
Só imagens espectrais
De uma tal felicidade
Que não existiu jamais.