Ser o resto, ser o coto
ser a escória, o esgoto...
Ser o excesso que se regurgita
o morto que ressussita...
Ser o desprezado, o torto...
ou o escroto que agita
as águas turvas desse lodaçal...
Ser a farinha da massa,
o estranho que passa...
só mais um na multidão desfigurada...
Ser nada... ser nada...
Ser ínfima fração do inteiro
desconhecido parceiro...
Ser a unanimidade, ser a humanidade...
Um Eu só no mundo
um sonho moribundo
de pertencimento.
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