quinta-feira, 17 de junho de 2010

Volição

O canto da minha boca
mudo, torto,
absorto, deixa fluir
o magma...

O canto do meu olho
mórbido, fosco
quase morto, deixa cair
a lágrima...

O canto escuro em que se oculta
o resto, o mosto,
o gosto, a fé e o devir
é alma...

O canto que sepulta o mundo
é horto. E ao morto...
o réquien não ouvir
... é nada...

No entanto, a dor do mundo
lindo e louco
um pouco ou muito, é pra nos unir.
...É amálgama!

Um comentário:

Victor Meira disse...

Muito bonito, me constrangeu.