segunda-feira, 26 de abril de 2010

Súbita Insânia.

A livre algazarra,
a cena bizarra
interrompe
e dela irrompe
o horror
e o torpor
que se segue...
Quem consegue
sair desse presente eterno?
É o inferno
esse vir a ser
que é concreto e nâo se vê.

3 comentários:

Victor Meira disse...

Esse é ótimo, mas super incógnito. Gosto dele assim, apesar desse caráter enigmático. Pra mim fala da morte ao chamar a vida de "livre algazarra, a cena bizarra". E súbito: o inferno que irrompe na forma do estático, do não-algazarra, da cena interrompida eternamente.

Victor Meira disse...

Hm... se bem que, voltando ao título, dou cheque-mate: é o surto. Sim, a morte. A morte da razão.

Lírica disse...

Putzzzzzzzzz! Na mosca. É o que a intuição faz ao se desprender da vontade que serve à razão e apenas contempla. É quando objeto e sujeito se fundem. É uam plenitude sem tempo... enquanto dura. Porque como vc bem disse é espasmódica, em surtos. E cair no real é o inferno concreto que nunca se vê porque nunca sacia, nunca preenche, nunca é mais que a vontade.