Virada a página do dia
passada a noite quase eterna
um sonho qualquer
some na fumaça do café
que eu bebo sozinha
c'olhar de craquelê
no azulejo da cozinha:
tudo o que vejo
na minha paisagem matinal,
um branco céu concreto
fosco e frio...
limpinho, regular...
então tá tudo certo.
Carteira, chaves, óculos e celular.
Deixo fantasmas para trás.
Encontro estátuas no elevador.
Nem tudo é dor...
A rua me abraça.
A praça é de quem passa.
Nos olhos ainda vejo
epílogos oníricos.
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3 comentários:
Um interessante poema craquelé!
Bjs
Vieira, obrigada pela visita em meu blog. Gosto muito da sua poesia A Semente porque fala da nossa angústia diante do conveito de eternidade porque nunca a experimentamos. É para nós apenas um conceito, o que faz a razão brigar com a intuição. E por falar da dor de encontrar a morte antes da recompensa esperada ou prometida.
Um grande abraço.
Muito bom seu poema, Lirica.
Gostei muito de sua forma de escrever.
Já te sigo.
Bjs.
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