Eu:
falo pra ter um instrumento
falo para conceber
falo para ter poder.
Se o que falo é monumento
falo pra deixar no tempo...
pra suprir a falta
pra deixar a marca
Quero referência
quero reverência.
falo pra negar
falo pra afirmar
falo para confundir
com língua ferina, fálica
com a pena intrusa, lógica
falo aos ventos
Falo à nuvem rápida
dissolvida em códigos
que tudo penetra
que tudo conecta
Falo do que vejo
falo do desejo
e do que partiu...
falo para restaurar.
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2 comentários:
"Falo" é uma ambiguidade surrada na poesia, né? Hahaha.
Falo porque é verdade.
A imagem de "falo aos ventos" é sensacional.
Tem razão, mas... depois de ler um texto de Freud sobre o assunto, não me contive.
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