De modo crasso é que desembaraço
de entre linhas, os laços que eu mesma faço
porque a mágoa deságua no verbo
e eu me exacerbo em ser o que nem sou.
Meu riso, rio ainda sardônico, que irônico!
Mas os lacrimosos e salobros córregos
já carregaram os torrões mais mórbidos
já soçobraram meus humores tórridos
nas saliências do relevo e no duro pulsar
que esse enlevo não sabe dissimular!
...Pois há de, tudo, uma hora passar...
E o que hoje sou, o que se me reservou,
foi, de trapassa em trapassa, no atormentado
peito amado que, em soluços, se adelgaça...
o que se chama amor. E o que essa chama durou!
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