Em guarda espreita a sentinela. A tudo atenta.
Nada pode surpreendê-la.
Mesmo o mais improvável é esperado.
E nada há de novo para ela.
Antecipadamente, a tudo experimenta
E para cada estrela no céu iluminado
ela tem uma angústia que não revela.
Mas como antecipar o que já nasce antigo?
Há canções que brotam de maneira singular
de algum lugar remoto... e misterioso
eternamente escondido
que ninguém jamais pode visitar.
E eis o mais incrível e curioso:
Se fora no horizonte ou mesmo além,
seus olhos de rapina poderiam capturar,
pois não há no mundo nada, nem ninguém
capaz de achá-la desprevenida...
No entanto, aquém do mundo, outro mundo há:
uma alma a si mesma desconhecida...
Pega de assalto numa plangente canção
deixa patente o que ao olhar escapa...
e num labirinto de emoção
busca, em vão, qualquer estratégia
que a própria vontade, sem saber, solapa
numa manobra mais sutil... mais régia!
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