domingo, 7 de junho de 2009

Palavras

É de sacudir as toalhas que caem os farelos,
flagelos de faustos banquetes.
É de sacudir idéias que saem palavras
e eu falo porque a fala é o meu falo
com o que avassalo, ou pretendo...
E tendo partilhado as léxicas sementes
imundas ou inocentes, fecundas ou reticentes...
outros entes independentes hão de ser
e em vez de reter, posso eternizar.

Um comentário:

Victor Meira disse...

Que poesia linda, meu. Bateu em cheio. É forte, carregada de verdade e de bons versos. A figura inicial, de sacudir as idéias, em sequência dos farelos, é muito bem colocada, pois sujere a mesma imagem pra palavras abstratas, como "idéias". Bem bacana. E pensar na poesia como falo feminino também é fantástico.

Linda.