Eu cá me encontro
nesse ermo breu
onde além de mim
só resto eu.
Não penso em nada
digno de nota,
nada desejo
e a noite me esgota.
Tenho amanhãs
tantos a desbravar
que não me vale
o sono, esse velar.
Minha alma farta
de sonhos, se enfada
nada mais teme
e não espera nada.
Eis a desdita
de alcançar-se tudo:
Não tendo prece,
adormeço mudo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Olá, belo poema. Interessante pq não é e ao mmo tempo é um lamento.
Sabe, paixão cansa mesmo. Né?
beijo e parabéns pelo excelente texto.
bjo
Brava. Brava. Muito bom todo o blog. mas comento neste post porque me identifiquei. Adorei.
Postar um comentário