Fala-me em línguas estranhas,
entranhas fartas de arte
até sangrar-me os olhos
num admirar de tolo que cultua
o incógnito, insólito, infinito
em miragens às margens
de um mar de ocres
e âmbares revoltosos
que se precipitam sobre
o abismo de minha alma
vácua... ainda que
seus movimentos sejam
mera ilusão estética, hipnose
homérica e profusão oncótica!
Ainda que c'ouvidos moucos
e sentidos loucos, meus saberes poucos
nunca deixariam de atender aos rogos:
teus bulícios roucos,
sussurados como
eterna melodia...
O que antes eu não via,
eis-me decifrado; e eis-me
fascinado, ébrio, seduzido,
tomado de espanto
ao ver convertida
a forma, em movimento
e a luz captada
por um pigmento!
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Um comentário:
Vivra o Louvre!
Ótimo! Oncótica, moucos, bulícios. Hahaha, uma aula.
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