Sem ritmo sem rima
sem nada que o defina.
uni-verso que passa alheio.
Nada mais se passa
no seio que é sem ser.
Amanhece sempre tudo branco
tudo em ordem, tudo igual.
Anoitece num silêncio franco
obedecendo ao mesmo ritual
factual, atual, instintual.
Passado esgotado nas bancas
E a edição do futuro, no prelo.
em folhas ainda brancas,
sem protesto, sem anelo.
De vez em quando alguma coisa dói.
Vai-se ao doutor.
Tem-se no corpo
o santuário impessoal e austero...
E se algo houve além dessa aparência
Tornou-se estranho, inacessível, estéril.
Passa-se assim somente a flutuar
nas sensações, sem medo ou desejar.
E se alguma retórica há
é palha a farfalhar!
Que paradoxal resvalar de si mesmo...
e ainda estar cativo a esse ermo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário