quinta-feira, 20 de março de 2008

Perdida

Num torpor de silêncios torturados
Vãos detalhes avultados pela dor
Vão a alma percorrendo como um frio.
Quem iria algo assim profetizar
Entre os gozos ululantes de outrora
Quando o riso e os suspiros eram
A expressão sublime de um amor viril...

Perante encantamento tão cruel
O que se entremeava tão sutil
Agora insurge em fúria, execrável
Como implacável símbolo de horror
Um vil Tritão na ilha desse amor...
O meu porto seguro se perdeu
E eu vago na borrasca, cega e só...

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