domingo, 30 de setembro de 2007

Tramela

Porteira:
por ter a
tramela
é que ela
as reses contém...

Às vezes também
por tê-la
Ou fazê-la
sem eira
nem beira,
não resiste bem e...

se perde o que tem.
Poeira,
aguaceira,
esparrela
em cima dela...
Por tanto desdém

E todo o vai-e-vem...
quebrou-se a tramela
e a porta donzela,
de fiel boieira,
virou uma rameira!

Um comentário:

Victor Meira disse...

Triste narrativa da vaquinha liberta.

Me confundo um pouco com a continuidade porque não tem onde tomar os fôlegos na poesia. Dae a narrativa fica meio atropelada e às vezes gera dupla, tripla, quádrupla interpretação...

Ali no quinto verso, é "rezes" mesmo? ou "vezes"? ou "rezas"?

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