segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Imanência

Já não me espanta
Tanta solidão.
Já não conheço
Mesmo a quem conheço
Desde o começo...
Não conheço não...
Já tanto rosto posto
A me sorrir.
Já tanta gente teve que partir
Que eu me esvazio
E deixo preencher
Sem resistir...
Só um desejo
De entranhas
Profundo e fecundo
Constante permanece:
Um afeto que ama
E odeia sem pudor...
Um louco amor
Que me afeta mais
Por não se dar a conhecer...
Que não arde em êxtase
Nem se consome jamais.



Um comentário:

Iaceê disse...

Algumas pessoas conseguem transformar um ajuntamento de palavras em poesia... Lindo!