sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sinto

Não sinto, não necessito,
Não saio mais desse recinto.
Não consinto que me excite
Qualquer sentido...
Não. Minto: muito me ressinto
De ainda me debater nesse
Nesse labirinto.
Não sei, não sou, não quero
Mais nada. E pressinto
Que mais nada hei de querer.
Tudo em mim está extinto
Porque não encontra destino.
Tudo é só desatino...
Meu teto, meu chão, meu sonho...
Tudo ruiu num só momento
E o que resta é menos que tormento.
É entorpecimento.
Porque não sinto, não sou, não sei.
Tudo jaz no esquecimento
E eu somente assisto
Ao que me solicita
Porque nem morrer eu sei.

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