quinta-feira, 1 de março de 2012

Desinocëncia.

Eu quero o céu inatingível
dos santos, puros e bons.
Eu quero os dons que só Deus dá.
Eu quero a paz e a sabedoria...
Mas eu nem faço idéia de como seria
essa utopia imaculada.
De dentro dessa minha alma exilada
num corpo que só se degrada.
Não vejo nada, não sei nada, não sou nada...
Só ando em nuvens depois de uns tragos.
Só vejo um anjo entre o gozo e alguns afagos...
Miserável humanidade
na qual toda alegria fugaz traz um medo louco
e uma culpa tenaz!
Aqui jaz minha esperança. Aqui jaz minha criança...
Que Deus tenha piedade
de minha desinocëncia.

Um comentário:

Victor Meira disse...

Bela! "Desinocëncia" é boa invenção, veio com tudo no fim do poema.