domingo, 15 de maio de 2011

Eis Isto.

Esse hiato entre as horas
parece cavar um abismo
diante de mim.
O desejável além, já não sei bem
o que vem a ser...
É eterno devir.
Quando o silêncio
o vazio
a escuridão
se alinham
e eu já nem ouso sentir medo
... e os horizontes
próximos ou distantes
não são continentes...
pergunto-me
sem inquietação:
por que não?
Por que não?
Então... com a serenidade
dos velhos, das pedras, das árvores,
e do tempo,
eu fico a mercê do momento,
singelamente, existindo.


Nenhum comentário: