quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ambígua

Eu não sei por onde andamos
entre os nosos desencontros,
quando nos desentendemos tão bem...
Entre as nossas idiossincrasias
há um caso de amor
que não me deixa mentir
pra mim mesma,
então: deixa ficar como nunca se sabe...
Eu moro em seus olhos.
Você sabe onde me encontrar
perdida.
Às vezes me faço chorar...
Às vezes me estranho...
Às vezes me apanho
em seus braços, feliz por descuido.
Eu corro tanto perigo!
Mas eu não lhe iludo:
rasguei a minha fantasia
e me vesti de lua.
Ambígua, mítica, e comum
nua e crua,
sublime e supérflua.