Ela é avassaladora tempestade de verão...
Deixa um rastro de tortura, deixa tudo pelo chão...
Ela vem com tanta fúria, tanta vida e paixão
Mas não sabe quase nada das coisas do coração...
Eu queria uma palavra... ou quem sabe uma canção
que tirasse das paredes, a sombra da solidão...
Eu queria nos meus ombros, o calor de suas mãos
Eu queria, até mesmo, que ela me dissesse não!
Mas de tudo o que ela fala com sua voz de trovão
Nada é paz ou esperança, sentimento ou razão...
São só descargas elétricas. Tudo é só consumissão!
Quando ela vai embora, deixa só desolação...
Olho em volta e só me resta de inteiro, a solidão.
Vivo entre o andono e a cruel invasão.
Entre a vida sem contorno e o concreto da opressão!
Minha estima anda perdida entre o vazio e esta visão...
Minha vida anda perdida entre a treva e o clarão.
Tudo ou nada, altos, baixos, êxtase e aberração!
O meu pensamento é rígido, é fragmentação...
Sem um colo que me acolha e me dê reparação
Só me restará o altar de sacricício e libação.
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3 comentários:
Que dor terrível, profunda e incessante.
Que haja mais êxtase e altos, sem baixos e aberração.
Este poema eu dedico a Adriana. O narrador é o filho dela...
Assim faz mais sentido, né?
Nossa, que doido. Eu tinha feito uma leitura completamente diferente...
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