domingo, 23 de novembro de 2008

Roda-Gigante

Saudades de tudo e de qualquer coisa
Uma foto, uma música, um silêncio, um olhar...
uma ciranda de dias me ronda
suas dores a suas alegrias...
Uma noite vazia me sonda
E uma nova onda de dias me quer levar.
A vida gira na roda-gigante
e quando eu tenho tudo aos meus pés
o mundo para e eu, suspensa no ar...
Nada que eu possa alcançar
Nada que eu possa esquecer
Não tenho asas pra voar...
Nem há escadas pra descer...

Um comentário:

Victor Meira disse...

Que tom desesperançado. Impregnado de um cotidiano tedioso, frívolo e decadente. A dor da não-dor, da suspensão.

E a roda-gigante. Uma figura da diversão, da infãncia, fazendo antítese com os sentimentos.

É o topo. A mistura dos dois lados da montanha. De tudo. A visão e a sensação de suspenção, inércia e falta de chão.

E a figura sugere retorno depois da descida. Ótimo.