domingo, 18 de novembro de 2007

Verborréia

Viram palavras,
meus sonhos,
meus planos,
meus zelos
medonhos.

Giram aladas,
etéreas,
venéreas,
funéreas,
e vão...

Em vão,
contendo
comigo,
querendo calar,
mas não consigo...

Prossigo
no giro
Cínguli...
de modo
singular

Imponderável!
A desandar.
E apesar
dos labirintos
a me cercar

Tudo parece
pairar no ar,
tonto a virar
sem lugar
pra sossegar...

Um comentário:

Victor Meira disse...

Acho esses resmungos poéticos muito naturais. Acontecem com muita freqüência, e são bacanas. Ultimamente tenho escrito dois resmungos pra cada poesia, hahaha!

Ela tá muito bem montadinha, de poucas sílabas nos versos, formando estrofes magras e estruturadas. Parecem uma coluna vertebral. A coluna dos resmungos que sustenta os desabafos dos poetas.

Toca o barco e não desanda não, poetiza!