O que essa gente morrente
Escrava, presa em correntes
Trilhando sobre dormentes
Não sabe, não vê, não sente...
É quão tola e inutilmente
Leva sua vil vida em frente...
Suas bocas cheias de dentes
Se contraindo, contentes
Também praguejam insolentes!
Mas o que têm de valentes?
Quando em disputas ardentes
Procuram por panos quentes...
Súcia covarde e impotente...
Não vai pra trás, nem pra frente!
Não é de nada, essa gente...
Mas usa ardis de serpente.
Basta ser sobrevivente,
Garantir dente por dente
Se parecer que é decente
Já tem moral e patente!